Ao analisar as principais encenações de Os bandoleiros no domínio germânico, desde a sua estreia em Mannheim, em 1782 até a montagem de 1908 de Max Reinhardt, em Viena, o livro do germanista Jean-Jacques Alcandre constrói uma verdadeira história do espetáculo teatral, cujo eixo é a articulação entre o texto e os elementos cênicos – atuação, cenário, iluminação e figurinos.
A riqueza e a diversidade de influências sobre Os bandoleiros – os estudos de medicina de Schiller, a ópera barroca, a dramaturgia shakespeariana e o Sturm und Drang – dão à peça uma plasticidade que permitiu que ela atravessasse, sempre nas graças do público, diversas fases e movimentos. A contestação do classicismo francês pelo teatro alemão, o romantismo, o realismo com sua busca de verdade histórica, e o anti-realismo de Reinhardt são analisados em profundidade por meio das montagens do texto.
Uma entrevista com o autor a respeito da realização da imensa pesquisa exigida pelo livro, fecha essa edição.
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